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Preciso trocar meu silicone? Quando preciso trocar meu silicone?

Preciso trocar meu silicone?
Troca de silicone

Ah! Essas dúvidas são muito frequentes.

Em primeiro lugar, esclareço que encontramos informações nos meios sociais hoje em dia são muito variadas. Em alguns sites encontramos que é preciso trocar o silicone em 10 anos, em outros vejo que hoje existe o silicone que não precisa de troca

Mas, qual a verdade? Eu quero desse que não troca. rsrrsrs

Pois bem, explico primeiro de tudo o óbvio. O silicone não nasceu com você. Eu sempre falo para as minhas pacientes, “o silicone vai ser seu porque você vai pagar por ele mas, o seu organismo não sabe disso”.

Agora que esclareci esse ponto, temos que saber que o nosso organismo até tolera materiais aloplásticos (que não nasceram conosco), mas cria mecanismos de defesa.

Aí é que está a resposta à pergunta inicial. O modo e a intensidade da defesa que o nosso corpo vai produzir é variável e pode ir desde a rejeição e expulsão do material até a “completa” aceitação.

O silicone utilizado na confecção dos implantes mamários ou de outro lugar são materiais desenhados pela engenharia e são “bem tolerados” pelo organismo humano. (ver tópico prótese de mamas)

Ah! É por isso que não preciso mais trocar meu silicone …

Ah! É por isso que não não preciso mais trocar meu silicone ou, meu silicone é pra vida toda?

Mais ou menos. As fábricas produzem os implantes mamários com duas consistências de silicone. Uma na forma de gel e outra na forma sólida. A gel preenche o implante e a sólida forma o envoltório externo. Nos implantes antigos, de gerações anteriores, o gel reagia quimicamente com a forma sólida e rompia a camada externa causando um extravasamento do gel. Com isso havia contato do gel com o corpo da paciente e levava a problemas que discutirei em outro post. Isso ocorria cerca de 10 anos depois de colocar-se o implante e levou ao fato de se determinar em 10 anos a vida média útil de um implante e sua troca.

As fábricas desenvolveram nas próteses mais modernas e por conseguinte de primeira linha, superfícies e camadas que impedem o gel de agir e romper o envoltório externo, por isso passaram a chamar esses implantes de vitalícios, ou seja, teriam a durabilidade eterna. Pois bem, já se sabe que isso não é verdade.

Mas e o meu corpo, como reage ao implante?

Então, como eu escrevi no começo, o seu corpo reage com o implante e pode num primeiro momento querer expulsar esse corpo estranho pois como eu disse não nasceu com você.

Felizmente a rejeição é muuuuuuuuuuuito rara. O nosso organismo aceita a prótese e cria ao seu redor uma camada fibrosa de proteção. Essa camada de proteção que nosso corpo produz se chama “cápsula”.

E como será essa cápsula? Quanto tempo demora para se formar?

Primeiramente, essa resposta é muito variável, dependerá muito do material que recobre seu implante e da reação do seu organismo à esse corpo estranho. Em média, a cápsula surge entre as primeiras semanas até 12 a 18 meses depois da cirurgia.

No início, a cápsula será macia e fina não permitindo que seja sentida nem que altere o formato da prótese. Com o passar dos anos, a cápsula vai se tornando espessa, seca e dura levando a um endurecimento do complexo implante cápsula e alterando o formato da mama. Num último estágio poderemos ter a dor acompanhando o quadro.

Então é hora de trocar?

Exatamente, uma das formas de se avaliar se é ou não preciso trocar as próteses, é apalpando as mamas. Se você apalpar suas mamas e sentir uma consistência macia e sem dor, a chance de estar tudo bem é grande mas, se você apalpar e sentir uma estrutura dura acompanhada ou não de dor, então está na hora de você procurar seu Cirurgião Plástico.

Por fim, Se você tiver mais dúvidas, deixe nos comentários ou entre em contato através das nossa mídias sociais:

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2 respostas

    1. Na realidade existem fases de evolução de pós operatório. Existe uma fase mais imediata de mais ou menos 15 a 30 dias. Nessa fase o repouso deve ser maior para que se evite sangramentos ou deslocamento das próteses. Em seguida existe o período que vai até cerca de 3 meses onde se devem evitar exercícios físicos porém pode-se voltar às atividades do dia a dia. Por volta de 6 meses a pessoa estará apta a retorna a praticamente todas as suas atividades. Resta apenas lembrar que eu agendo retornos até um ano depois da cirurgia pois ainda notamos algumas alterações sutis nessa fase. Após esse período a paciente está de alta.

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